Ao contrário de Nietzsche, digo: só há fatos, não há interpretação.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 24 - MD Magno
O behaviorismo supõe manejar apenas dualidades internas, e não sabe que maneja as outras. Então, não confundir sua ignorância com sua prática. Suas inocência e candura são supor: pão-pão, queijo-queijo. Nós sabemos que nada garante que o resultado seja
este.AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 26 - MD Magno
Mediante o princípio da transa entre formações, sabemos que, ao mexer em algo, a conseqüência pode ser completamente diferente do que se pretendia no início.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 26 - MD Magno
É possível uma língua sem sujeito?.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 26 - MD Magno
O sujeito é um buraco, um intervalo entre um significante e outro como representação que ele representa para outro significante, ou seja, é coisa alguma. Aliás, alguém pode me explicar o que um significante pode representar para outro significante? Lacan inventou um aparelho circular que não diz nada.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 28 - MD Magno
A língua portuguesa tem defeitos gravíssimos como não ter o neutro, que faz muita falta para o entendimento das coisas e nos obriga a, por exemplo, chamar a xícara de ela.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 30 - MD Magno
Uma Pessoa é um pólo distinto com foco e franja, podendo ser plural, e que comparece dentro de uma rede conjeturável como infinita.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 30 - MD Magno
Ao considerarmos uma Pessoa, estaremos sempre fazendo um recorte pequeno, dentro do qual, por ser focal, ao mexermos nele, certamente teremos conseqüências longínquas e imprevisíveis.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 30 - MD Magno
Em relação a uma pessoa em análise, estamos lidando com certo pólo, do qual temos certa focalização. À medida que ela vai falando, aparecem franjas insuspeitáveis.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 31 - MD Magno
Uma pessoa, no sentido que estou usando, não é indivíduo ou sujeito, e sim a rede complexíssima que podemos focalizar porque se apresenta com uma polaridade
evidente.AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 32 - MD Magno
Não existe análise finita, e sim análise satisfatória .
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 32 - MD Magno
Nunca sabemos onde Eu termina.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 32 - MD Magno
O mundo sou eu.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 33 - MD Magno
A cidade sou eu.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 33 - MD Magno
O Haver há sem esta pessoa que se chama eu? Ou seja, o mundo, sem mim, existe? Este é um problema de todas as filosofias.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 32 - MD Magno
Talvez o Haver haja sem mim, mas isto é uma dedução. Porém, efetivamente, sensoriamente, perceptivelmente, etc., o Haver, como experiência, não há sem esta pessoa que se chama Eu.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 33 - MD Magno
O mundo sem mim é pura conjetura minha, pois efetivamente ele não há sem mim.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 33 - MD Magno
Minha polaridade com seus focos e suas franjas, totais, todas, se puderem entrar, constituem o mundo. Não há distância entre eu e mundo.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 34 - MD Magno
Não existe um eu que está fora e considera o mundo. Não existe um mundo que está fora e que me situa.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 34 - MD Magno
Do ponto de vista de nossa visão psicanalítica, não há distância entre eu e mundo. Minha singularidade é o mundo que eu sou.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 35 - MD Magno
Não sabemos onde estão os limites, as fronteiras. O vetor virou ao contrário: não estou na cidade, a cidade é que está em mim.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 35 - MD Magno
Se digo - o mundo sou eu - é porque esse mundo é o conhecimento pleno que tenho.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 35 - MD Magno
Descartes, por exemplo, do ponto de vista de sua época, é um gênio, mas, do ponto de vista do que sabemos hoje, é um idiota completo.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 37 - MD Magno
Há que situar o gênio em seu momento, pois fora dele pode ser uma besta.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 37 - MD Magno
A franja é o reservatório de meu desconhecido, mas está atuando. Esta é a diferença entre consciente e inconsciente, em Freud.
AmaZonas - A Psicanálise de A a Z - p. 37 - MD Magno